Pentágono adota plano de energia verde
O Pentágono criou um plano para substituir parte do petróleo usado pelas Forças Armadas por recursos renováveis. A iniciativa, liderada pelo secretário da Marinha Ray Mabus, atende a uma lei de 2007 que determina que 25% do consumo de energia da instituição provenha de fontes alternativas até 2025. Mabus tem discutido os planos com empresas de tecnologia limpa e com fundos privados de investimento voltados para o setor, como a Black Coral Capital. O consumo de petróleo do Pentágono é de 125 milhões de barris por ano, o equivalente à demanda individual de 85% dos países no mundo. A cada alta no preço do petróleo, o orçamento militar sofre impactos significativos: um aumento de US$ 10 no barril corresponde, ao fim de um ano, a US$ 1,3 bilhões de gastos excedentes. Além de poupar os fundos do departamento, a adoção de um novo paradigma energético também contribuiria para o desenvolvimento da indústria verde para fins civis. No passado, as Forças Armadas foram pioneiras em tecnologias que revolucionaram a indústria não-militar, como no caso da internet. O problema da energia, no entanto, é que as novas tecnologias estão a cargo da iniciativa privada, ficando sujeitas aos interesses dos setores envolvidos. Outra questão é que para comprar combustíveis alternativos a preços competitivos, o Pentágono precisaria assinar contratos de fornecimento de ao menos quinze anos, contra os cinco anos autorizados por lei atualmente. Alterações contratuais desse tipo dependem de aprovação do Congresso, onde congressistas, principalmente republicanos, mostram-se reticentes quanto à adoção de energias alternativas.