Ataque ao Google incluiu contas de funcionários do governo

O Google divulgou, em 1o. de junho, que centenas de usuários do serviço Gmail tiveram suas senhas de acesso alvejadas por ataques oriundos da China. As vítimas incluem militares, jornalistas, ativistas políticos chineses e oficiais de vários governos, incluindo o dos Estados Unidos. Além do roubo das senhas, o ataque aparenta ter por fim o monitoramento das contas. É a segunda vez que a companhia identifica uma ofensiva dessa proporção originária de território chinês, o que acirra a já grande tensão entre a empresa e as autoridades do país, que negam qualquer envolvimento. Em 2010, as operações do Google na China foram encerradas após a primeira acusação. A administração Obama afirmou que não houve comprometimento de informações oficiais. Analistas afirmam que, a despeito da prática ser proibida, funcionários utilizam endereços de e-mail pessoais no tratamento de assuntos do governo para evitar que as mensagens sejam posteriormente investigadas pelo Congresso ou retidas em arquivos históricos. A administração também reiterou que não associará o ocorrido ao governo chinês até que os fatos sejam suficientemente apurados. O incidente ocorreu dias após a divulgação da Estratégia Internacional para o Ciberespaço pelo governo, que propõe a criação de padrões globais para segurança na rede. Também é esperado para esse mês o lançamento da estratégia de cibersegurança do Pentágono, que conclui pela primeira vez que ataques no ciberespaço podem ser considerados como atos de guerra e, portanto, sujeitos à resposta militar.

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