Governo quer divulgar contribuições de contratados

Nos últimos meses, a administração Obama tem considerado medidas acerca de regras para divulgação de contribuições a campanhas políticas por prestadores de serviço ao governo, o que tem causado polêmica com republicanos. Em 19 de abril, a Casa Branca divulgou o texto de uma possível ordem executiva que compeliria empresas contratadas pelo governo a informar valores superiores a US$ 5.000 doados a organizações políticas. Analistas afirmam que a Casa Branca estaria retaliando a publicidade negativa recebida por democratas em 2010, muito por conta do aumento da participação de empresas no financiamento de campanhas e propagandas políticas. A Câmara de Comércio dos EUA criticou o projeto, classificando-o como abuso do poder executivo e afronta à liberdade de expressão. Por iniciativa do representante Mike Capuano (D-MA), democratas começaram a coletar assinaturas para uma carta de apoio ao plano. Um projeto de lei com medidas semelhantes, o Ato DISCLOSE (Democracy Is Strengthened by Casting Light On Spending in Elections), foi aprovado na Câmara em 2010, mas não chegou a ser apreciado pelo Senado. Para republicanos, o maior risco seria a politização dos processos de contratação de prestadores de serviço. A senadora Susan Collins (R-ME) afirma que a proposta desencorajaria a competição entre empresas e feriria princípios da Primeira Emenda. Ainda, tais informações poderiam ser utilizadas de maneira discriminatória nas seleções. Democratas argumentam que, dadas as suspeitas já existentes em licitações públicas, a divulgação de informações tornaria o processo mais transparente.

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