Senadores democratas contra posição de Obama sobre Israel
Senadores democratas devem apoiar resolução bipartidária de repúdio à defesa das fronteiras de 1967 entre Israel e Palestina pelo presidente Obama, evidenciando a preocupação com o impacto negativo da fala presidencial na relação entre EUA e Israel. Escrita pelo independente, Joe Lieberman, e pelo republicano, Orrin Hatch (R-UT), a resolução deve ser introduzida no Senado em 1 de junho. A proposta repete as palavras do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao atestar que o Congresso considera as fronteiras de 1967 “indefensáveis” e contrárias aos interesses de segurança nacional dos EUA. Ao falar na AIPAC, organização judaica em Washington, o líder da maioria do Senado, Harry Reid (D-NV), também recriminou fortemente o discurso de Obama, afirmando que ninguém deveria estabelecer parâmetros prematuros sobre as fronteiras. Já o senador John Kerry (D-MA), líder do Comitê das Relações Exteriores do Senado, minimizou a questão ao dizer que os comentários de Obama não representam nenhuma novidade. Para Kerry, a proposta do presidente para troca de territórios e compensações entre palestinos e israelenses indica flexibilidade em relação às fronteiras. Representantes ainda não decidiram se introduzirão resolução semelhante na Câmara. Pela reação da líder da minoria democrata, Nancy Pelosi (D-CA), ao recente testemunho de Netanyahu no Congresso, o repúdio seria facilmente aceito na casa. Pelosi elogiou o líder por “avançar na causa para a paz”. Em 2008, grupos pró-Israel doaram US$ 8,6 milhões para campanhas federais, dos quais 63% destinados a candidatos democratas.