Eleição especial evidencia impopularidade da reforma do Medicare

Em eleição especial no 26º distrito do estado de Nova York essa semana, a candidata democrata, Kathy Hochul, venceu surpreendentemente sua adversária republicana na disputa por uma cadeira na Câmara federal. Embora a vitória da republicana Jane Corwin fosse dada como certa há poucos meses, Hochul atingiu o ponto fraco da oponente ao relacioná-la com o projeto de reforma do programa Medicare. Hochul baseou sua campanha no ataque ao apoio de Corwin ao orçamento de Paul Ryan (R-WI), que pretende transformar o Medicare em um programa de vouchers para idosos. Pelo perfil marcadamente conservador do distrito, o resultado da eleição foi surpreendente e serviu para demonstrar a importância do Medicare nas campanhas. Para os republicanos, a derrota é custosa não apenas por perder um voto tido como certo na Câmara; a campanha republicana investiu mais de US$ 3,4 milhões na candidata. A vitória manda uma mensagem aos líderes republicanos de que a reforma do Medicare não será facilmente aceita por eleitores em geral. A cadeira do distrito estava vaga desde que o deputado Christopher Lee (R-NY) entregou o cargo por conta de fotos escandalosas suas publicadas na internet. Acerca do resultado da eleição, Ryan reconheceu que seu projeto de orçamento coloca o partido em risco pela complexidade e falta de esclarecimento da reforma do programa. Ryan disse também que a derrota não pode ser atribuída apenas ao Medicare, pois o candidato do Tea Party, Jack Davis, acabou por dividir votos republicanos.

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