Discurso arrisca voto e doações de grupos judaicos

O discurso do presidente Obama sobre o Oriente Médio repercutiu na mídia e nos meios políticos. O posicionamento foi interpretado por muitos como uma mudança na política dos EUA para o conflito e expôs o presidente a críticas, principalmente de republicanos. Democratas que são tradicionalmente ligados ao eleitorado judaico também reagiram com preocupação. Mesmo admitindo o risco de perder parte desses eleitores – 78% deles votaram em Obama em 2008 – o presidente classificou como insustentável a situação israelense-palestina. Em conferência no dia 22, na AIPAC, principal grupo pró-Israel em Washington, Obama afirmou que a amizade entre EUA e Israel é o principal motivo de sua iniciativa. O presidente disse que as fronteiras de 1967 sempre foram uma referência para os EUA, embora acredite que elas sirvam apenas como base: a fronteira final seria diferente por considerar importantes blocos de assentamentos na Cisjordânia. Financiadores de campanha judeus criticaram o que classificam como uma postura pró-palestina. Michael Adler, angariador de fundos para o partido democrata, aconselhou o gerente de campanha de Obama, Jim Messina, a combater fortemente esta percepção. Malcolm Hoenlein, vice-diretor executivo da Conferência dos Presidentes das Maiores Organizações Judaicas acredita que o financiamento venha a ser afetado. Apoiadores de Obama e da causa israelense sugerem que o presidente visite Israel em breve como parte do esforço para preservar o apoio do lobby. Os judeus representam 2% do eleitorado, mas contribuem com grandes doações para a campanha.

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