Geithner defende processo aberto para sucessão no FMI

O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, afirmou que os EUA estão examinando todos os possíveis sucessores para a direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), incluindo candidatos europeus e de países em desenvolvimento. Segundo Lael Brainard, subsecretário do departamento para assuntos internacionais, nenhum nome foi escolhido ainda. Os EUA encontram-se em uma posição delicada, pois tentam evitar um confronto direto, seja com os países em desenvolvimento, seja com os europeus. Assim, Geithner defendeu um “processo aberto”, embora tenha ressaltado a necessidade de uma sucessão imediata. Para alguns analistas, isto sugeriria uma inclinação pela permanência europeia para evitar os problemas decorrentes de uma mudança radical. Para os países emergentes, a ocasião é uma chance única, já que o FMI é comandado por europeus desde a sua criação. Turquia, Índia, México e África do Sul tem defendido indicações próprias, refletindo as mudanças na economia mundial. Por outro lado, governos da Europa buscam a permanência de um europeu na direção da instituição, alegando que isso permitiria melhores ações por parte do Fundo na atual crise na Grécia, em Portugal e na Irlanda. Candidatos ingleses, alemães e franceses foram citados. Neste contexto, a declaração de Geithner torna-se ainda mais relevante, pois os EUA possuem papel determinante na escolha do diretor por serem o maior acionista individual, e, portanto, possuírem o maior número de votos, do FMI.

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