Congressistas criticam cooperação China-Paquistão

China e Paquistão decidiram acelerar a produção conjunta, em caráter de urgência, de 50 caças JF- 17 chineses para uso das forças armadas paquistanesas. Esta seria a terceira etapa de produção de um acordo fechado entre os dois países em 1999; duas outras foram concluídas em 2010 e no início de 2011. O compromisso foi selado na semana passada durante visita do primeiro-ministro paquistanês Yousuf Raza Gilani a Pequim para celebrar 60 anos de cooperação bilateral. Na ocasião, Gilan afirmou ser a China o “melhor amigo” de seu país. O objetivo de Islamabad é modernizar urgentemente a frota nacional, composta principalmente de caças F-16, produzidos nos EUA. Washington, no entanto, vem relutando em atender ao pedido de modernização por temer que os aviões sejam usados contra a Índia, rival histórico do Paquistão e antagonista regional da China. Segundo analistas, a Índia é a maior aposta dos EUA para conter uma eventual expansão do poder chinês na Ásia. Congressistas nos EUA mostraram preocupação com a atitude paquistanesa. Em audiência no Comitê de Relações Externas do Senado, o senador Jim Risch (R-ID) lamentou o gesto, principalmente depois de uma década de ajuda bilionária dos EUA ao Paquistão. Risch disse estar cansado de transferir verbas para pessoas que claramente não gostam dos EUA. O representante, Michael McCaul (R-TX) foi mais longe ao questionar se a assistência financeira dada pelos EUA não seria desviada para a compra dos JF-17 chineses. Após a morte de bin Laden, o Congresso tem debatido a suspensão da ajuda ao Paquistão, acusado de acobertar o terrorista.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais