Livre-comércio condicionado à extensão de auxílio trabalhista

O representante comercial dos EUA, Ron Kirk, declarou, no último dia 16, que a aprovação da extensão das emendas de 2009 do programa TAA (Trade Adjustment Assistance, em inglês) é pré-condição para o envio ao Congresso dos três acordos de livre-comércio em análise (com Coreia do Sul, Panamá e Colômbia). O TAA foi criado em 1962 para dar proteção aos trabalhadores dos EUA que perdessem seus empregos devido à competição estrangeira. O programa é uma pauta tradicional dos democratas e, em 2009, havia sido expandido em resposta à crise econômica com o apoio de congressistas republicanos. Na época, o critério de elegibilidade foi flexibilizado para incluir trabalhadores do setor de serviços, o que resultou no auxílio para um total de 280 mil pessoas. Com um custo de US$ 1,3 bilhão em 2010, o TAA promoveu programas de treinamento, cobertura financeira para quem estivesse à procura de emprego e taxas de crédito para seguro de saúde. Essas provisões, no entanto, expiraram em fevereiro de 2011. A declaração de Kirk mostra a disposição da administração Obama em renovar as medidas para aliviar o alto desemprego nos EUA e satisfazer democratas e sindicatos. Para os republicanos, entusiastas dos acordos de livre-comércio, a estratégia é equivocada. O senador Orrin Hatch (R-UT) disse que a decisão foi “extremamente decepcionante”, pois atrasa a aprovação de acordos que gerariam US$ 10 bilhões em exportações e ainda cria uma despesa adicional para financiar o programa. Grupos conservadores ressaltaram que não há evidências de que o TAA ajude na recolocação de trabalhadores no mercado. Já para os democratas, sem a renovação das emendas será difícil conseguir os votos necessários para a aprovação dos acordos comerciais.

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