Obama declara apoio à exploração em áreas protegidas
Em discurso no sábado, 14, Barack Obama declarou intenção de aumentar a exploração de petróleo e gás no Alasca e no Golfo do México. Atividades no Alasca estão proibidas desde 1982, apesar de inúmeras tentativas do partido republicano para sua liberação. Já no Golfo do México, a emissão de licenças não havia sido plenamente retomada desde o vazamento na plataforma da BP em 2010. A administração também planeja reduzir os royalties pagos pelas indústrias nos três primeiros anos de atividade em novas concessões. A ideia é estimular a produção nos primeiros anos, evitando o desinteresse das empresas por áreas de baixa produtividade inicial. Companhias vencedoras de licitações chegam a manter as concessões por até 10 anos, muitas vezes sem explorá-las intensamente. O anúncio foi feito dias antes do projeto democrata de corte dos subsídios ao petróleo ter sido derrubado no Senado antes mesmo de ser votado. A decisão de Obama pode ter sido tomada para ajudar a levar a proposta à votação, além de mostrar aos consumidores uma solução para o aumento do preço da gasolina. Analistas, no entanto, mostram-se menos otimistas quanto aos benefícios. Segundo projeção da Energy Information Agency, órgão independente ligado ao Departamento de Energia, mesmo que os EUA triplicassem a produção na plataforma continental, o impacto no preço da gasolina seria praticamente nulo. Do ponto de vista político, a estratégia representa um risco, pois desagrada aos ambientalistas, que tradicionalmente apoiam o partido democrata.