EUA acusam Síria de estimular violência contra Israel
Os EUA acusaram publicamente a Síria de estimular o confronto entre as forças de defesa de Israel e manifestantes árabes no último domingo, 15. A manifestação de refugiados palestinos no dia que marca a criação do Estado de Israel deixou pelo menos doze mortos. Foi o primeiro ano em que a comemoração do “nakba”, ou catástrofe, levou palestinos e adeptos de sua causa a tentar ultrapassar a fronteira com Israel em quatro pontos: Cisjordânia, Gaza, Síria e Líbano. Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, afirmou que a administração acredita que o conflito foi uma tentativa síria de desestabilizar a região e desviar atenção de sua situação interna. Toner classificou de cinismo o uso da questão palestina para encorajar a violência na fronteira, enquanto o governo do presidente sírio Bashar al-Assad continua a reprimir violentamente a revolta. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também criticou o envolvimento da Síria nos protestos nas Colinas de Golã, o primeiro conflito na fronteira entre Síria e Israel em 37 anos. Os dois porta-vozes reafirmaram o direito de Israel de defender suas fronteiras, mas não ofereceram nenhuma evidência concreta de que o governo sírio esteja diretamente envolvido nos protestos. Para a congressista Nita Lowey (D-NY), a ação do presidente Assad em arriscar uma guerra para distrair a comunidade internacional e permanecer no poder é inaceitável. O episódio ocorre no momento em que aumentam as pressões de alguns representantes no Congresso para que o governo Obama intensifique as críticas à Síria.