Cresce pressão pelo fim da ajuda ao Paquistão

Diante do possível envolvimento de oficiais paquistaneses com Osama bin Laden, congressistas dos EUA questionam a assistência financeira ao Paquistão. O temor é com a reação dos eleitores caso fiquem comprovados os laços do país com o terrorismo. O Pentágono já vinha indeferindo pedidos de reembolso do Paquistão para despesas militares antes do episódio. Em 2005, 1,5% dos pedidos foram recusados por inconsistência, tendo o número aumentado para 44% em 2009. As provisões fazem parte do Fundo de Suporte à Coalizão, voltado para aliados no combate ao terror. Desde a sua criação em 2001, os EUA já transferiram cerca de US$ 20 bilhões ao país, incluindo US$ 8.87 bilhões para o Tesouro paquistanês. Em visita recente a Islamabad, o senador John Kerry (D-MA) disse que a ajuda poderia ser condicionada à demonstração de merecimento. Kerry apresentou uma lista de “demandas específicas” ao chefe das forças armadas, general Ashfaq Parvez Kayani. A Casa Branca declarou apoio às demandas, embora alegue que a viagem foi uma iniciativa pessoal. O senador é visto com simpatia pelos paquistaneses por ser um dos autores do Ato de Parceria Reforçada com o Paquistão de 2009, que prevê US$ 7,5 bilhões em ajuda civil nos próximos cinco anos. Para o ex-assessor de segurança nacional, Jim Jones, apesar de tentadora, a suspensão das verbas civis e militares poderia ter consequências desfavoráveis no longo prazo. A administração tem evitado críticas diretas, deixando para tratar do futuro da relação entre os dois países na viagem da secretária de Estado, Hillary Clinton, em junho.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais