Ordens executivas estimulam eficiência automotiva
Barack Obama obteve vitórias ao reduzir o consumo de petróleo no país. O sucesso, porém, não deriva de uma política energética abrangente, mas de ordens executivas que dispensam a aprovação do Congresso. As ordens foram aplicadas ao setor de transporte, responsável pelo uso de cerca de 70% do petróleo. Em 2009, a administração fechou um acordo com indústrias automotivas para a produção de carros mais eficientes. O objetivo é aumentar a eficiência para 35,5 milhas por galão até 2016 contra as 27 milhas atuais. Outra boa iniciativa foi incentivar a produção de carros elétricos e híbridos. Contrariando as expectativas das indústrias, as vendas desses veículos subiram, em março, 46% em relação ao ano passado, três vezes mais do que o mercado geral de carros. A Ford e a General Motors anunciaram resultados financeiros inéditos em mais de uma década, atribuindo os lucros no primeiro trimestre de 2010 à venda de carros eficientes. As indústrias, no entanto, rejeitam aumentar o padrão de eficiência para um nível entre 50 e 60 milhas por galão até 2025, como pretende a administração. John Watley, lobista que atua em nome das principais empresas, alega que a medida afetará o peso dos veículos, comprometendo a segurança. Os argumentos de Watley foram resumidos em carta assinada por dezoito senadores e enviada à administração em março. O governo espera lançar a proposta em setembro para aumentar a eficiência de 3% a 4% por ano entre 2017 e 2045. Segundo o grupo ambientalista, Natural Resources Defense Council, o procedimento economizaria o equivalente a 1,1 bilhões de barris por ano.