EUA e China discutem cooperação militar e direitos humanos

A presença inédita de líderes militares no terceiro Diálogo Estratégico e Econômico China-EUA demonstrou disposição mútua para o aumento de cooperação na área de segurança. A escalada militar chinesa dos últimos anos alertou as autoridades dos EUA para a necessidade de maior proximidade. Durante o encontro em Washington, foi anunciada a criação do Diálogo de Segurança e Estratégia EUA-China, que pretende estabelecer encontros frequentes entre líderes militares dos dois países. Oficiais do exército dos EUA definiram a aproximação como confiança estratégica. Os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã, aliados de Pequim, estiveram no centro das conversas, assim como a situação do Afeganistão. Ambas as partes concordaram em trabalhar juntas pela manutenção da paz, estabilidade e prosperidade na região do Pacífico. Por outro lado, a situação dos direitos humanos na China foi alvo de duras críticas. A crescente repressão a ativistas chineses levou o vice-presidente Joe Biden e a secretária de Estado Hillary Clinton a subirem o tom de suas declarações contra a China. Tais manifestações, todavia, foram mais contundentes quando feitas longe dos representantes chineses. Em entrevista à revista The Atlantic, Clinton disse ser deplorável a situação dos direitos humanos no país e sugeriu a possibilidade de contestações populares semelhantes às do Norte da África, caso Pequim mantenha sua postura. Para Cui Tiankai, vice-ministro de Relações Exteriores, a China teve enorme progresso em direitos humanos nos últimos anos e tais críticas não passariam de retórica política dos outros países.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais