Republicanos planejam aumentar poder de Obama contra o terror
A ação contra bin Laden elevou a aprovação da política de Obama contra o terrorismo para 72%, segundo o Instituto Gallup, e atenuou a insatisfação da oposição. O presidente vinha sendo criticado por “liderar pela retaguarda” e os republicanos planejavam usar o termo, utilizado por um dos conselheiros da Casa Branca em entrevista à revista New Yorker, como um slogan para minar a campanha à reeleição. Ao eliminar o maior inimigo do país, Obama enfraquece esses argumentos e afasta a comparação com o ex-presidente Jimmy Carter, considerado um desastre em política externa. A administração, no entanto, pretende desvincular-se da imagem unilateralista do governo anterior, mesmo mantendo a luta contra o terror e seu principal recurso jurídico de combate: a Autorização para Uso da Força Militar (AUMF). A resolução foi criada por George W. Bush em 2001 para combater grupos ligados ao 11 de setembro, mas republicanos acreditam que o instrumento seja insuficiente diante da descentralização do terrorismo. Buck McKeon (R-CA), presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara, pretende propor a extensão da AUMF a quaisquer grupos terroristas, incluindo a medida em uma lei de autorização de defesa a ser debatida no comitê na quarta-feira, 11. Chris Anders, da organização de direitos civis American Civil Liberties Union, condenou o plano por transferir do Congresso para o poder executivo enorme autoridade e liberdade de ação. Membros da administração não comentaram a ideia, mas representantes democratas, como Adam Smith (D-WA), mostraram preocupação com a possível linguagem usada por McKeon.