Visita de presidente panamenho finaliza acordo de livre-comércio

A visita do presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, à Casa Branca, em 28 de abril, possibilitou o término das negociações do acordo de livre-comércio entre os dois países. Michael Froman, assessor-adjunto de segurança nacional para economia internacional, afirmou que o acordo prevê a eliminação de tarifas sobre 87% das exportações dos EUA para o Panamá. A pressão tem sido forte: grandes empresas mostram-se interessadas nos investimentos decorrentes das melhorias do Canal do Panamá, previstas em US$ 5,3 bilhões. O compromisso de transparência fiscal entre os dois governos, aprovado poucos dias antes, foi essencial para o sucesso da reunião. Miriam Sapiro, representante comercial adjunta dos EUA, afirmou que o acordo de transparência e as medidas fiscais adotadas pelo Panamá mostram seriedade e dedicação do país em combater a lavagem de dinheiro e a reputação de paraíso fiscal. Todavia, alguns democratas, representantes de sindicatos e outros grupos mantêm suspeitas sobre o tratado e apontam para o risco de aumento do desemprego. Tais críticos apontam que, quando candidato, Obama se opôs aos acordos com Panamá, Colômbia e Coreia do Sul criados no governo anterior e agora no centro de sua agenda comercial. A mudança se deve à meta de dobrar as exportações até 2014, criando empregos na agricultura, na produção de manufaturados e em serviços financeiros. Depois de receber o acordo, o Congresso deverá iniciar o período de audiências e debates para sua apreciação. Christopher Wenk, lobista da Câmara de Comércio dos EUA, prevê que este seja o “verão do comércio” no país, com iniciativas para aprovação dos três acordos de livre-comércio.

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