Especialistas divergem sobre impactos econômicos da morte de Bin Laden

Apesar da euforia gerada pelo anúncio da morte de Osama Bin Laden, especialistas divergem sobre seus possíveis impactos econômicos. Thomas Lee, estrategista-chefe do J.P. Morgan de Nova York, afirmou que a morte de Bin Laden pode trazer novos investimentos ao mercado financeiro. Jim O’Neill, presidente da Goldman Sachs em Londres, disse acreditar que o fato seria um estímulo à venda de commodities e à compra de ações. O principal argumento é que a morte de Bin Laden trará um aumento da confiança em Barack Obama e nos EUA, diminuindo receios do mercado e ampliando investimentos financeiros. Na direção contrária, alguns analistas ressaltam o fato de que somente o líder da al-Qaeda foi morto no domingo; seus seguidores e a ameaça do terrorismo global, não. Além de possíveis retaliações a alvos ocidentais, que agitariam os mercados, os problemas estruturais dos EUA continuam: déficit orçamentário, grande endividamento público e economia em lenta recuperação. O economista Paul Krugman enalteceu o ocorrido, mas disse que não acredita em mudanças econômicas importantes. O especialista em contra-terrorismo e na al-Qaeda, Daveed Gartenstein-Ross, ressaltou, em artigo na Foreign Policy, que Bin Laden obteve certo sucesso, pois um de seus objetivos era fazer com que os EUA levassem a si próprios à falência. De maneira geral, as repercussões no mercado financeiro forma modestas. O índice Dow Jones apresentou recuo de 0,02% na segunda-feira após o anúncio. O Nasdaq teve desvalorização de 0,33%, enquanto preço do barril de petróleo cru para junho diminuiu 0,36%.

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