Obama é pressionado para ações concretas na Síria

A administração Obama tem sido pressionada, principalmente por republicanos, a adotar uma política mais rígida frente ao aumento da violência contra os manifestantes na Síria. O senador Jon Kyl (R-AZ) pediu a retirada do embaixador dos EUA no país, o congelamento de fundos sírios e a imposição de sanções a qualquer entidade envolvida na cooperação entre o governo sírio e o iraniano. Em uma declaração conjunta, outros três congressistas pediram a Obama que demande a renúncia do presidente Bashar al-Assad, “como o fez no caso de Muammar al-Gaddafi e Hosni Mubarak”. Segundo os senadores John McCain (R-AZ), Joe Lieberman (I-CT) e Lindsey Graham (R-SC), al-Assad perdeu legitimidade. No entanto, McCain, que apoia os ataques aéreos às forças de Gaddafi, considera uma intervenção militar na Síria arriscada e ineficaz para impedir o uso da violência por Assad. O senador Mark Kirk (R-IL) também descartou o uso de força militar, considerando que os EUA já participam de quatro grandes operações – Iraque, Afeganistão, Líbia e Japão – mas defendeu apoio diplomático à oposição síria. Segundo oficiais dos EUA, não se sabe se a saída de Assad resultaria na instalação de um governo melhor e não existe uma opção militar viável para o problema. Para P. J. Crowley, que renunciou ao cargo de porta-voz do Departamento de Estado no mês passado, os EUA deveriam intervir tanto na Síria como na Líbia. Crowley classificou a política de Obama no Oriente Médio como uma “doutrina inconsistente”. Para o senador Richard Blumenthal (D-CT), os eventos na Síria devem se desenvolver como no Egito, onde Mubarak deixou o poder sem intervenção externa.

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