Líderes republicanos admitem fim de subsídio a petróleo
O presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, Paul Ryan (R-WI), anunciou na quinta-feira, 28, apoio ao fim dos subsídios à indústria do petróleo. A decisão acompanha a declaração feita recentemente pelo porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH). A postura dos dois líderes contraria a opinião da maioria dos representantes republicanos, que defende a manutenção dos incentivos. A posição do partido, no entanto, vem perdendo força nos últimos meses. A estratégia de pressionar o governo para reduzir o déficit orçamentário em US$ 6 trilhões nos próximos 10 anos torna-se paradoxal à manutenção dos incentivos. Além disso, o eleitorado mostra-se contrariado com o alto preço da gasolina e vê no lucro das empresas uma das causas do problema. De acordo com o estrategista republicano, Mike McKenna, o partido pode ser obrigado a rever suas posições. Outra explicação para a mudança é a origem da nova liderança do partido: Boehner e Ryan, assim como outras figuras de destaque, não representam estados produtores. Embora tenham recebido doações de campanha de empresas do setor petrolífero, muitos desses líderes estariam mais preocupados com os interesses de seus eleitores. Há anos, vários democratas tentam eliminar cerca de US$ 4 bilhões anuais em ajuda fiscal, mas sempre enfrentando a resistência dos republicanos e do lobby petrolífero. A conjuntura atual pode vir a ser uma das melhores oportunidades para promover reformas fiscais. Cortar os subsídios também é parte do plano de Barack Obama para diminuir o déficit e tornar mais competitivas fontes de energia alternativa.