EUA consideram sanções contra a Síria

Os EUA vêm considerando impor sanções à Síria para forçar o governo a interromper a repressão aos manifestantes populares. Desde o início dos protestos em março, a Casa Branca vinha condenando a violência das autoridades e encorajando o presidente Bashar al-Assad a implantar reformas. Apesar de discordar da reação oficial, a administração Obama não chegou a tomar atitudes punitivas contra o regime sírio, em parte porque analistas não acreditavam no crescimento do movimento de oposição. Com o aumento da repressão nas duas últimas semanas, os EUA passaram a cogitar a aplicação de sanções. Alguns oficiais, porém, não acreditam na eficácia de medidas punitivas, uma vez que a Síria vem sofrendo sanções há alguns anos. A mais abrangente delas, vigente desde 2004, impede a exportação de produtos para a Síria que contenham mais de 10% de componentes manufaturados nos EUA. Ordens executivas, emitidas pelo então presidente George W. Bush, bloquearam o acesso ao sistema financeiro dos EUA por parte de pessoas e entidades sírias acusadas de incentivo à proliferação de armas de destruição em massa. No escopo do Ato Patriota, que visava ao combate ao terrorismo, também foram banidas transações financeiras com o Banco Comercial da Síria. Na falta de alternativas, o presidente Obama pensa em congelar fundos financeiros de figuras do alto escalão do governo, apesar da maior parte do dinheiro estar, provavelmente, depositada na Europa ou no Líbano. A possibilidade de intervenção no país foi descartada pelo ex-secretário de Defesa Robert Gates em função do improvável apoio regional e internacional.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais