Obama autoriza julgamentos militares em Guantánamo

O procurador-geral Eric Holder anunciou na segunda, 04, que cinco detentos envolvidos no atentado de 11 de setembro – incluindo o autodenominado mentor da operação, Khalid Sheikh Mohammed – serão julgados por tribunais militares. A decisão reverte diretriz de Obama nos dois primeiros anos de governo para julgamentos civis, embora atenda à determinação do Congresso. A mudança de postura da administração também torna mais improvável o fechamento de Guantánamo no curto prazo. Holder reafirmou a intenção do governo em fechar a prisão, mas disse que a sua existência poderá ser prolongada. Em relação aos demais 172 presos, Obama emitiu uma ordem executiva para rever a situação de cada um e determinar se serão julgados ou soltos. A execução da ordem deverá ser aplicada em conformidade com a Convenção de Genebra, que proíbe prática de tortura e tratamento desumano. De acordo com o ex-secretário de Defesa dos EUA no governo Bush, Donald Rumsfeld, tribunais militares são as instituições apropriadas para conduzir os casos. Defensores de direitos civis classificaram a medida como um retrocesso. Para os advogados dos detentos, no entanto, a ordem executiva representa uma chance de liberdade para aqueles acusados injustamente. Oficiais do governo consideram a decisão um avanço, à medida que permite aos prisioneiros acesso à defesa jurídica e a informações sigilosas em poder dos militares. A secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que o julgamento reafirma o comprometimento do país com o tratamento humanitário a presos sob sua custódia.

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