Energia e Meio Ambiente

Fim de subsídio ao etanol divide republicanos

Republicanos mostram-se divididos em relação ao subsídio de US$ 6 bilhões ao etanol. Visando à redução do déficit orçamentário, alguns senadores querem acabar com o crédito tributário que empresas petrolíferas recebem por misturar etanol na gasolina. O senador Tom Coburn (R-OK), aproveitando o debate no Senado sobre o projeto de lei de pequenas empresas, propôs uma emenda para antecipar o fim do subsídio previsto para expirar no fim do ano. Os senadores que apoiam a medida esperam que a elevação dos preços da gasolina e dos alimentos, e os recentes relatórios de ganhos das companhias de etanol fortaleçam a oposição ao crédito. Já os republicanos de estados agrícolas, liderados pelo senador Chuck Grassley (R-IA), resistem à ideia. Os defensores do subsídio argumentam que qualquer medida que limite o apoio federal ao etanol deve ser considerada dentro de um contexto mais amplo de política energética nacional. Embora também exista divisão quanto ao tema entre democratas – representantes como Kent Conrad (D-ND) e Dick Durbin (D-IL) apoiam o crédito – uma votação da emenda pode se mostrar mais delicada para os republicanos. Antecipando disputas nas primárias de 2012, os senadores temem que um voto contrário ao fim do subsídio seja mal recebido por eleitores preocupados com a redução do déficit. Mesmo aqueles que já defenderam o crédito têm evitado se posicionar, caso do senador Orrin Hatch (R-UT) que deve enfrentar um adversário mais conservador na disputa eleitoral do ano que vem. No entanto, a emenda dificilmente irá a votação dada à existência de objeções bipartidárias ao fim do subsídio.

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