Democratas culpam Tea Party por recuo republicano
As disputas em torno de uma autorização orçamentária até o fim do atual ano fiscal têm se acirrado conforme se aproxima o prazo para expiração da resolução contínua vigente: 8 de abril. Na segunda-feira, 28, o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), acusou republicanos de recuarem devido à pressão da ala extremista do partido. Reid disse estar “extremamente desapontado” após semanas de negociações com o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH). Congressistas do Tea Party estariam “destruindo” o progresso alcançado e ameaçando provocar uma paralisação do governo “caso suas demandas extremadas não sejam atendidas”. A declaração veio logo após o senador Chuck Schumer (D-NY) ter comentado no dia 25 que a oposição teria reduzido o montante de cortes exigidos. Dos US$ 61 bilhões iniciais, a meta agora seriam cortes de US$ 30 bilhões, discutindo-se ainda quais os programas afetados. Na semana passada, o líder da maioria na Câmara Eric Cantor (R-VA) e Kevin McCarthy (R-CA) chegaram a abandonar as negociações, temendo uma revolta conservadora. O vice-presidente Joe Biden tem atuado como mediador nas discussões, mas se mantém fora da mídia por resistência republicana a imagem de negociar com a Casa Branca. O Tea Party Patriots – um dos grupos do movimento – está organizando um protesto em frente ao Congresso na quinta-feira, 31, para demonstrar sua insatisfação com os republicanos e exigir posições mais agressivas. Líderes republicanos, por sua vez, dizem que as negociações continuam e que as acusações seriam uma estratégia democrata para esconder suas próprias divisões internas.