Pré-sal divide interesses nos EUA
Em discurso feito no Brasil, o presidente Barack Obama enalteceu o potencial das reservas de petróleo do país e manifestou disposição em cooperar no processo de exploração – principalmente por meio de tecnologia – para futuramente fazer dos EUA um de seus melhores clientes. A declaração provocou diferentes reações no cenário doméstico. Mark Begich (D-AL) disse que o presidente “não precisava ir ao Brasil para encontrar uma nova fonte segura e estável de petróleo”. Segundo Begich, as oportunidades existentes no Alaska geram empregos e diminuem a dependência externa do país em relação a petróleo. A exploração doméstica de petróleo e gás em áreas de preservação natural, como o Arctic National Wildlife Refuge, está suspensa. O porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), acusou Obama de querer exportar empregos ao importar petróleo brasileiro. O senador David Vitter (R-LA), disse que Obama usa impostos pagos pela população para incentivar a exploração em alto-mar no Brasil, ao mesmo tempo em que suspende a exploração off-shore em casa. Marvin Odum, presidente da Shell, ressaltou vantagens na importação de petróleo do Brasil: proximidade, confiabilidade e cálculo estratégico. Odum, no entanto, não soube dizer qual seria o impacto dessa decisão na produção de petróleo nos EUA.