Congressistas questionam intervenção militar na Líbia

O envolvimento dos EUA na ação militar na Líbia gerou críticas internas à administração Obama. Congressistas manifestaram preocupação quanto aos rumos da operação e pressionaram a Casa Branca a definir objetivos e parâmetros. Os senadores Lindsey Graham (R-SC) e John McCain (R-AZ) criticaram o presidente pela demora em empregar a força militar. Richard Lugar (R-IN) questionou a falta de um interlocutor na oposição líbia e levantou a questão dos custos da operação. O republicano John Boehner (R-OH), porta-voz da Câmara, acompanhou parte do partido democrata no apoio a Obama, mas criticou a falta de comunicação com o Congresso antes da operação. Já a ala democrata progressista condenou a rapidez da decisão, relembrando a entrada nas guerras do Afeganistão e do Iraque. Dennis Kucinich (D-OH) chegou a classificar a ação como inconstitucional, dada à falta de aprovação pelo Congresso. As primeiras respostas do governo foram dadas pelo assessor de segurança nacional, Thomas Donilon, e do almirante Michael Mullen, chefe do Estado-Maior das forças armadas. Ambos insistiram que o papel dos EUA deve ser limitado e que o comando será transferido em breve para outros membros da coalizão aliada. Em viagem ao Chile, Obama enviou carta aos líderes no Congresso, afirmando que a decisão foi tomada com base nos interesses nacionais dos EUA e na autoridade conferida pela constituição ao presidente, que também acumula a função de comandante-em-chefe da nação.

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