Na terça-feira, 15, a Câmara aprovou por 271 votos a 158 mais uma prorrogação de autorização orçamentária. A nova resolução contínua estende por mais três semanas o financiamento de gastos do governo, cortando em US$ 6 bilhões os montantes propostos para 2011. A votação evidenciou as divisões internas do partido republicano. A ala mais conservadora do partido se opôs à extensão, condenando a ausência de dispositivos que impediriam o financiamento da reforma da saúde, reduziriam as verbas de programas de planejamento familiar (acusados de realizar abortos), e provisões contra a Agência de Proteção Ambiental. Os temas são fundamentais para a extrema direita do partido, que criticas a liderança pela relutância em utilizar o orçamento como instrumento de pressão. Apesar da prorrogação ter sido apresentada pelo porta-voz, John Boehner (R-OH), 54 republicanos votaram contra; na prorrogação anterior, apenas seis se opuseram. Os democratas, por sua vez, continuam alegando que os cortes são muito profundos. A prorrogação visa evitar uma paralisação do governo e dar mais tempo para negociações em torno de um orçamento até o fim do ano fiscal. A Câmara, controlada pelos republicanos, chegou a aprovar projeto de longo prazo que cortaria gastos em US$ 61 bilhões. O partido condena os democratas por ainda não terem manifestado seu plano. O Senado, controlado pelos democratas, não aprovou nenhuma proposta de longo prazo. A extensão acatada pela Câmara segue agora para apreciação no Senado. O término do prazo da atual autorização orçamentária é 18 de março.