Mesmo sob protestos, a maioria republicana no Senado estadual de Wisconsin aprovou a polêmica legislação trabalhista que mobilizava o estado há semanas. A proposta foi votada na noite de 9 de março, enquanto o Congresso estadual estava rodeado por manifestantes contra o dispositivo que prevê a redução do poder de barganha coletiva dos sindicatos, além de minar seus mecanismos de financiamento. A aprovação só foi possível porque foram excluídos da proposta questões referentes à redução de orçamento.Os 14 democratas da casa permanecem fora do estado, a fim de impedir que os republicanos consigam o quórum mínimo necessário para aprovar questões orçamentárias. O governador republicano, Scott Walker, um dos idealizadores da proposta original, defendeu as alterações feitas pelo legislativo. Alvo de críticas, Walker tem perdido apoio da opinião pública e a oposição ameaça submetê-lo à votação popular para definir sua permanência no cargo. A maioria dos senadores democratas afirmam que estariam dispostos a retornar às suas funções essa semana, porém, temem que ao retornar ao estado ainda sejam forçados a votar a legialsção original. Outros democratas afirmam que pretendem voltar para se unir aos manifestantes e sindicalistas. A proposta deve ser facilmente aprovada na Câmara do estado e depois encaminhada ao governador para ratificação. Outros estados, como Ohio e Indiana, também seguem com debates da mesma natureza.