Extremismo muçulmano é debatido na Câmara

O envolvimento de comunidades muçulmanas com grupos islâmicos extremistas é tema de debates que estão sendo promovidos pelo representante Peter King (R-NY) no âmbito do Comitê de Segurança Interna da Câmara. Nos últimos 5 anos, a Câmara e o Senado discutiram o assunto 22 vezes. Segundo King, tais comunidades nos EUA não colaboram com investigações sobre o terrorismo e a maioria delas teria líderes envolvidos em movimentos islâmicos extremistas. Segundo o representante, para contornar as barreiras de ingresso de estrangeiros islâmicos no país, os extremistas procuram encontrar muçulmanos nascidos ou residentes nos EUA dispostos a se associarem a eles. Um dos casos em discussão refere-se a jovens somalianos residentes em Minneapolis que foram recrutados pelo grupo terrorista al-Shabaab, com base na Somália. Em testemunho ao Senado no dia 9, a secretária de Segurança doméstica, Janet Napolitano, refutou a tese de King de que as comunidades muçulmanas nos EUA não seriam cooperativas e alertou quanto a generalizações de caráter discriminatório. Grupos defensores de liberdades civis criticam o foco dado pelo representante e afirmam que o debate deveria incluir outras formas de radicalização doméstica, incluindo grupos neo-nazistas, milícias cristãs e eco-terroristas. A discussão pode incentivar o crescimento do ódio contra muçulmanos, favorecendo a cultura do medo e da divisão, além de pautar argumentos de grupos que acreditam serem odiados pelos EUA. Tentativas para que o debate fosse cancelado, ou ao menos reformulado, foram em vão.

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