Congressistas sugerem venda de Reservas Estratégicas de Petróleo
Membros do Congresso começaram a pressionar para que o governo use as Reservas Estratégicas de Petróleo para forçar a queda do preço no mercado global. O presidente do Comitê de Recursos Naturais e Energia do Senado, Jeff Bingaman (D-NM), recomendou ao presidente Obama vender uma parcela do petróleo armazenado para frear a tendência de alta. Outros congressistas acreditam que a solução também aliviaria o déficit fiscal do país. Fred Upton, presidente do Comitê de Comércio e Energia da Câmara, recomenda este recurso somente em crises severas. Upton criticara anteriormente a sugestão da administração em vender US$ 500 milhões em petróleo para financiar programas federais propostos no orçamento de 2012. Para o secretário de Energia, Steven Chu, a crise nos países produtores requer atenção, mas a venda do produto transmitiria um sinal errado, podendo espalhar o pânico no mercado. O diretor-executivo da Agência Internacional de Energia, Nobuo Tanaka, conta com as reservas estratégicas europeias como alternativa para compensar a suspensão da produção líbia, que já teria começado a afetar a Europa. Os EUA possuem as maiores reservas estratégicas do mundo, estando atualmente com a capacidade máxima de 727 milhões de barris plenamente abastecida. As reservas foram criadas após o embargo da OPEP em 1973 como prevenção contra choques de preço ou de oferta. Porém, poucos presidentes recorreram aos estoques para compensar uma eventual disfunção do fluxo, como o fez George W. Bush logo após o furacão Katrina.