Cresce risco de paralisação do governo

A aprovação pela Câmara, no último dia 19, do projeto de resolução contínua autorizando gastos do governo aumentou os rumores sobre uma eventual paralisação do governo. A resolução corrente expira em 4 de março, quando espera-se que uma nova entre em vigor. O principal ponto da proposta republicana aprovada na Câmara é o corte de US$ 60 bilhões, visto como prejudicial à economia por democratas. O líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), defende o congelamento dos gastos nos níveis atuais – idéia proposta pelo presidente Barack Obama e rechaçada por republicanos. Prevendo conflitos durante a apreciação no Senado, democratas já propõem a prorrogação temporária da lei de gastos atual enquanto uma nova, de longo prazo, é discutida. Republicanos, entretanto, só aceitam o plano caso a prorrogação também inclua cortes de gastos – condição declarada pelo porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH). Situação similar ocorreu no primeiro mandato de Bill Clinton, quando a não aprovação de autorizações de gastos levou à paralisação do governo. À época, os democratas usaram a crise para culpar republicanos. Da mesma maneira, democratas têm repetidamente acusado republicanos de intransigência. Cientes do risco, líderes republicanos buscam um acordo, embora enfrentem uma parcela expressiva de membros do partido ligados ao Tea Party que já declararam preferir uma paralisação à manutenção do atual nível de gastos. Agências federais já foram orientadas para se preparar medidas emergenciais caso uma nova resolução contínua não seja aprovada em tempo.

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