Gates declara prematura saída total do Iraque

O secretário de Defesa Robert Gates declarou no Comitê de Serviços Armados da Câmara, no dia 16, que seria prudente se os EUA mantivessem tropas no Iraque após 2011 para contrabalancear a influência do Irã. Segundo o Acordo de Estatuto das Forças, assinado entre os EUA e o Iraque em 2008, apenas 150 funcionários do Departamento de Defesa e 200 do Departamento de Estado permanecerão no país após a retirada das 50.000 tropas remanescentes até 31 de dezembro de 2011.  Para Gates, os EUA honrarão o compromisso assumido, apesar das forças iraquianas ainda precisarem de auxílio em questões de inteligência e logística, e na proteção do espaço aéreo. O Departamento de Estado, que assumirá as relações com o Iraque a partir de 2012, deverá contratar empresas privadas para proteger funcionários e instalações. Diante do Comitê de Serviços Armados do Senado, no dia 17, Gates disse que para essas e outras atividades futuras é necessária a aprovação pela casa do orçamento fiscal de 2012, que prevê US$ 5,2 bilhões em Operações de Contingência no Exterior com o Iraque.  Como o orçamento de 2011 não foi aprovado pelo Congresso, as atuais operações têm sido financiadas com base no cálculo de 2010 e por meio de resoluções contínuas, o que dificulta a sua realização. Gates, que deverá deixar o cargo este ano, recebeu apoio bipartidário. O senador Carl Levin (D-MI), presidente do comitê, disse concordar com a alocação dos recursos. Já o senador Lindsey Graham (R-SC) aproveitou para defender a manutenção de um número reduzido de tropas em lugar da contratação de segurança privada.

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