Governo quer menos benefício de energia para baixa renda
Uma das propostas da Casa Branca para corte no orçamento de 2012 é a redução do Programa para Assistência de Energia Doméstica de Baixa Renda (LIHEAP), criado para ajudar a população mais pobre a pagar as contas de energia. O valor de US$ 2,5 bilhões é a metade do que foi pedido no ano anterior. Para 2011, a Câmara havia aprovado US$ 5,1 bilhões, mas o Senado não aceitou mais do que US$ 3,3 bilhões, montante que vem sendo liberado por meio de resoluções contínuas. Segundo a Associação Americana de Gás, uma nova redução deixaria 3 milhões de pessoas sem assistência. O governo alega que os cortes serão aplicados em serviços que podem adotar tecnologias novas e mais baratas. Acusado de defender uma agenda excessivamente social, Obama pretende mostrar o seu empenho em reduzir o déficit fiscal. Porém, a iniciativa desagrada a muitos aliados. O senador John Kerry (D-MA) enviou uma carta ao presidente, afirmando que o governo não pode desassistir famílias carentes. Paradoxalmente, Scott Brown (R-MA), eleito com apoio da ala republicana que critica ferozmente a intervenção estatal na economia (Tea Party), prometeu lutar pelo programa assistencialista que beneficia mais de 200.000 pessoas em Massachussetts. Outros republicanos deverão unir-se aos democratas para preservar o nível atual de gastos. Críticos do LIHEAP alegam que, ao pagar parte da conta, o governo assume a responsabilidade das empresas de energia. De acordo com a legislação do país, os prestadores não podem cortar o fornecimento para clientes inadimplentes durante o inverno.