Energia e Meio Ambiente

Cenário no Egito reaviva discussão energética

Em 8 de janeiro, milhares de trabalhadores no Canal de Suez entraram em greve. A notícia pode agitar o mercado de petróleo, já em alerta desde que o valor do barril rompeu a barreira dos US$ 100 com a crise no Egito. A produção egípcia é de apenas 700.000 barris diários, mas especialistas temem que um eventual fechamento do canal e do gasoduto Sumed agrave o problema: 4% da demanda mundial é atendida por essas rotas. A alta do petróleo tem efeito global, mas os EUA podem ser afetados em um de seus piores momentos econômicos. O país consome cerca de 20 bilhões de barris diários, quase três vezes mais do que a China, que é o segundo consumidor mundial. Além disso, aproximadamente 95% dos meios de transporte nos EUA dependem de petróleo. Para o general James Mattis, chefe do Comando Central dos EUA – unidade responsável pela segurança regional desde o Chifre da África até a Ásia Central – apesar de improvável, a interrupção do fluxo poderia ter consequências militares. A questão tende a reacender os debates sobre a dependência externa de petróleo que tomaram conta do Congresso em 2008. Há um consenso bipartidário para diminuir as importações, mas os congressistas divergem quanto a medidas práticas. Republicanos e democratas moderados defendem o aumento da produção doméstica a qualquer custo, inclusive ambiental, enquanto democratas progressistas querem que o país reduza o vício de petróleo, adotando fontes alternativas e reestruturando o setor de transporte. No entanto, essas transformações estruturais dependem de incentivos governamentais combatidos pelo espectro conservador.

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