Senado derruba repúdio à reforma da saúde
A maioria democrata no Senado conseguiu bloquear por 51 a 47 votos o repúdio à reforma da saúde proposto por Mitch McConnell (R-KY). A iniciativa havia sido proposta pelo senador como uma emenda ao projeto de lei referente à reautorização da Administração Federal de Aviação. Os democratas usaram uma manobra procedimental para derrubar a emenda, apontando o seu impacto no orçamento de US$ 230 bilhões, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso. A votação, ocorrida em 2 de fevereiro, teve todos os republicanos votando pelo repúdio. Com exceção de Mark Warner (D-VA), todos os democratas votaram pela derrubada da emenda. Warner não votou: a reforma da saúde enfrenta questionamentos sobre sua constitucionalidade nas cortes de seu estado, a Virgínia. Aprovada no Congresso de então maioria democrata, e assinada por Barack Obama em março de 2010, a reforma da saúde tem previsão de implementação integral a partir de 2014. Em 19 de janeiro, a Câmara sob nova maioria republicana aprovou uma medida de repúdio total à reforma. Apesar de McConnell ter sido derrotado, uma medida bipartidária foi aprovada na mesma data. Por 81 votos a 17, o Senado aprovou a suspensão da chamada ementa 1099 da reforma da saúde, que instaurava novos procedimentos de declaração de impostos considerados demasiadamente onerosos a empresários pelos senadores. Apesar da derrota, republicanos pretendem desmontar a lei “parte por parte” e desprovê-la de orçamento. A posição democrata diz-se aberta a fazer as melhorias pontuais na legislação existente.