Energia e Meio Ambiente

Obama defende fim de subsídio e contraria a indústria fóssil

Barack Obama contrariou a expectativa das indústrias de energia fóssil ao defender o fim dos subsídios para o setor no discurso do Estado da União. O presidente argumentou que essas atividades já são autossuficientes e que o momento é de investir em energias do futuro. A redução de impostos para empresas de petróleo, gás e carvão está inserida no código tributário, enquanto que os benefícios para fontes alternativas ainda dependem de autorização do Congresso. Na semana seguinte ao discurso, Obama sugeriu usar a economia feita com o fim dos incentivos para o setor fóssil em projetos de pesquisa e desenvolvimento para aumento de eficiência energética de fontes renováveis, posicionamento coerente com as últimas propostas orçamentárias da administração. Já o partido republicano encontra-se em uma situação paradoxal: combater os gastos governamentais e ao mesmo tempo defender a manutenção de aproximadamente US$ 7 bilhões em ajuda para energia não renovável. A explicação para essa contradição pode ser entendida como o resultado dos compromissos assumidos por muitos republicanos perante indústrias de energia tradicional, em função do apoio destas às campanhas eleitorais do partido. Segundo o centro de pesquisa OpenSecrets.org, a maior parte das contribuições do setor de petróleo e gás é destinada a republicanos. Dentre os doadores, destacam-se as indústrias Koch, dos bilionários Charles e David Koch, incentivadores de instituições e movimentos ultraconservadores, como o Tea Party e o American for Prosperity.

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