Pela primeira vez, republicanos tem duas respostas ao Estado da União
A resposta oficial do Partido Republicano ao discurso de Obama veio de Paul Ryan (R- WI), presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, acusando Obama de ter piorado o déficit e fracassado no combate ao desemprego. Ao mesmo tempo, a representante Michele Bachmann (R-MN) foi a escolhida para expressar a resposta do Tea Party, ala mais conservadora do partido. Os dois discursos, embora semelhantes em conteúdo, mostram uma divisão interna que coloca em dúvida a força da oposição e as perspectivas para 2012, mesmo com o atual controle da Câmara. Ryan defendeu a necessidade de um déficit controlado para a recuperação da economia e o desenvolvimento nacional, alertando para o risco de que os EUA enfrentem uma crise semelhante à vivida pela Grécia e Irlanda. Em resposta ao fomento da competitividade do país – foco do discurso de Obama – Ryan defendeu que o papel do governo é permitir a livre-iniciativa, condenando inovações que dependam da burocracia estatal. Já Bachmann, além de culpar Obama por um pacote de estímulo pago com dinheiro emprestado, ainda acusou o governo de ser responsável por aumento de gastos e taxas de desemprego jamais vistas. Bachmann expressou ainda seu descontentamento com a aprovação do Obamacare e ressaltou a tentativa de derrubá-lo.Segundo a representante, o resultado das últimas eleições seria um mandato para reduzir o papel do Estado. Algumas sugestões do Tea Party seriam vetar uma possível lei de comércio de carbono, considerada “eliminadora de empregos”, diminuir a atuação da EPA (Environmental Protection Agency), aumentar a independência energética e reduzir os preços de combustíveis.