Câmbio e acesso ao mercado pautam visita de líder chinês

Em visita de Estado, os presidentes da China e dos EUA, Hu Jintao e Barack Obama, reuniram-se em Washington no dia 19 de janeiro para discutir tópicos de interesse mútuo. No campo econômico, as principais pautas giraram em torno de câmbio e medidas de acesso a mercados nos dois países. A Casa Branca tentou pressionar a delegação chinesa pela valorização do yuan, tema em que o próprio Obama vem sofrendo forte pressão doméstica dada a visão de que o déficit comercial com o parceiro asiático seria um dos responsáveis pelo desemprego no país. Na semana anterior, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, defendeu a valorização do yuan como instrumento de combate à crescente inflação chinesa. No entanto, Hu Jintao rebateu que “a inflação não deve ser o principal fator na determinação da política cambial”. Embora o país tenha mantido uma apreciação média de 0,5% ao mês desde junho, representantes dos EUA gostariam de ver o yuan valorizando-se ao dobro dessa taxa. Em entrevista ao The Washington Post e ao The Wall Street Journal, Jintao classificou o sistema monetário dominado pelo dólar um “produto do passado”, o que foi interpretado como mais um sinal da intenção chinesa de tornar o yuan uma moeda de reserva global. Recentemente, a China começou a permitir a emissão de títulos em yuan nos mercados financeiros de Hong Kong e dos EUA. Sobre acesso a mercados, houve troca de acusações sobre barreiras e promessas de abertura. Empresas dos EUA reclamam da política de “inovação nativa” na China, vista como controle de mercado e transferência forçada de tecnologia. Por outro lado, empresas chinesas também reclamam de barreiras ao investimento nos EUA.

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