EUA ampliam permissão de viagem a Cuba

O governo dos EUA anunciou, em 14 de janeiro, menores restrições para viagens e remessas de dinheiro a Cuba, o que representa a maior abertura nos últimos dez anos ao embargo que já dura quase cinco décadas. A permissão, até então limitada a “cubano-americanos” e a casos excepcionais, estende o direito a representantes de instituições religiosas, educacionais ou culturais. Pessoas físicas poderão enviar até US$ 500 por trimestre para indivíduos na ilha, exceto para membros do partido comunista e do governo. A administração pretendia adotar a regulamentação em 2010, mas preferiu esperar o fim das eleições em novembro para anunciá-la. Mesmo sem depender de aprovação do Congresso, o governo temia que a oposição de políticos conservadores e da comunidade cubana nos EUA repercutisse negativamente no pleito. Havia também o temor de prejudicar o julgamento de Alan Gross, funcionário da Agência para Desenvolvimento Internacional (USAID), preso e acusado de espionagem desde 2009 por distribuir equipamentos de comunicação a grupos religiosos em Cuba. Apoiadores da ideia, como o presidente do Comitê do Senado para Relações Externas, John Kerry (D-MA), alegam que a liberalização ajudaria a fortalecer o setor privado e a sociedade civil, tornando a população cubana menos dependente do governo. Já a presidente do Comitê de Assuntos Externos na Câmara, Ileana Ros-Lehtinen (R-Fl), a considera ineficaz. O anúncio precede a conferência do partido comunista, prevista para abril e durante a qual membros do partido decidirão sobre novas mudanças econômicas.

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