Tragédia desencadeia discussão sobre discurso político

O tiroteio que matou 6 pessoas e deixou 14 feridas – entre elas a congressista Gabrielle Giffords (D-AZ) – vem sendo associado à polarização política nos EUA. Giffords era um dos alvos do mapa lançado pelo comitê político de Sarah Palin. O mapa apontava 20 distritos eleitorais que deveriam ser “reconquistados” nas eleições de novembro. Muitos acreditam que o tom da resposta de Palin poderá definir suas chances como candidata republicana à presidência em 2012. Apoiada pelo Tea Party, a candidata derrotada na disputa ao Senado por Nevada, Sharron Angle, também tem sido alvo de críticas por seus comentários frequentes sobre porte e uso de armas de fogo. Conservadores condenaram a associação entre o ocorrido e o clima de confrontação presente no político. Republicanos declararam que há retórica agressiva também entre democratas, e que as acusações têm na verdade um fundo oportunista visando as eleições de 2012. O episódio trouxe certa moderação e busca de mais “civilidade” nos embates políticos, bandeira que vem sendo adotada por John Boehner (R-OH), porta-voz da Câmara. Boehner adiou a votação da revogação da reforma da saúde prevista para quarta-feira, uma das principais polêmicas entre os partidos. O presidente Barack Obama também deve adotar um tom conciliatório na cerimônia pelas vítimas e em seu discurso do Estado da União no fim do mês. Matt Bennett, cofundador do grupo democrata-moderado Third Way, teme que o bipartidarismo dure pouco e ceda espaço para polarização, como em momentos anteriores de crise a exemplo do 11 de setembro.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais