Em mudança histórica, EUA abolem "don't ask, don't tell"
Em um acontecimento histórico, o presidente Obama sancionou em 22 de dezembro projeto de lei que acaba com a proibição ao ingresso ou permanência nas Forças Armadas de pessoas declaradamente homossexuais. Tal política, comumente chamada de “don’t ask, don’t tell”, estava em vigor há 17 anos desde a aprovação do código de conduta militar durante a administração Clinton. O repúdio à proibição, uma das promessas de campanha de Obama, só foi possível graças à passagem do projeto de lei no Senado no sábado, dia 18. A aprovação foi orquestrada pelo líder da maioria na casa, senador Harry Reid (D-NV). Há pouco mais de uma semana, o Senado havia rejeitado a lei de autorização do orçamento militar para 2011 contendo uma provisão de repúdio idêntica à posteriormente aprovada. Mas ao deixar senadores republicanos se manifestarem publicamente contra o repúdio no primeiro momento, Reid abriu espaço para que republicanos moderados pudessem apoiar um projeto de lei específico, derrubando a prática do “don’t ask, don’t tell” proposto por Joe Lieberman (I-CT) e Susan Collins (R-ME). No dia 15, a Câmara aprovara projeto de lei semelhante; a votação final no Senado teve 65 a favor e 31 contra. A lei não tem efeito imediato: a proibição será abolida 60 dias depois que o presidente, o secretário de defesa Robert Gates e o chefe do estado maior Almirante Mike Mullen assegurarem que a sua implementação não comprometerá a efetividade e a coesão das forças.