Na última sexta-feira, 17 de dezembro, o presidente Barack Obama assinou a extensão dos cortes de impostos da era Bush, tornando lei o acordo firmado entre ele e as lideranças republicanas semanas antes. O acordo fora aprovado na Câmara no dia anterior por uma maioria bipartidária de 277 votos a favor (139 democratas e 138 republicanos), e 148 contra (112 democratas e 36 republicanos). No início da semana passada, o Senado aprovara o pacote por 81 votos a favor e 19 contra. O plano estende os cortes de impostos para todas as rendas e o auxílio desemprego por um período de 13 meses, cria incentivos fiscais para empresas e estabelece novos parâmetros para o imposto sobre propriedade que havia sido revogado em 2010. A previsão é de que o pacote de redução tributária custe US$801 bilhões, enquanto a ampliação do seguro-desemprego e outros incentivos mais US$57 bilhões, totalizando US$ 858 bilhões. Uma emenda democrata para que o corte não fosse estendido à parcela mais rica da população acabou rejeitada por 233 votos contra e 194 a favor. A extensão do pacote por mais 2 anos coloca a política fiscal como um dos temas centrais das eleições de 2012. Existe a expectativa de que neste período os esforços para uma ampla reforma fiscal sejam intensificados.