Energia e Meio Ambiente

Postura anti-Kyoto isola EUA das grandes potências

A Conferência das Nações Unidas para Mudança Climática terminou em Cáncun em 10 de dezembro com conquistas modestas, porém importantes para futuras discussões. Uma delas diz respeito à recuperação de parte da credibilidade das Nações Unidas em conduzir os esforços multilaterais. Destacou-se também o estreitamento das divergências entre países ricos e pobres, que permitiu estabelecer dois mecanismos formais: Fundo Climático Verde para transferência financeira de US$100 bilhões anuais das economias centrais para projetos ambientais em nações menos desenvolvidas, e a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), que compensará países que preservarem as florestas tropicais. Todd Stern, enviado especial dos EUA, ressaltou a aprovação do sistema de monitoramento e verificação das reduções nos países em desenvolvimento, ponto considerado chave para Washington aceitar acordos mais abrangentes. Isto porque o Congresso dificilmente liberaria a contribuição do país sem que mecanismos de controle fossem instituídos. Entretanto, os EUA seguem resistindo a um regime global que limite às emissões de carbono. A diferença em relação à Conferência de Copenhagen de 2009 é que o país tornou-se mais isolado na postura anti-Kyoto: Rússia e Japão, seus aliados contra a substituição do Protocolo após 2012, assinaram um compromisso para estabelecer um novo regime internacional de combate ao aquecimento global.

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