Wikileaks: Árabes resistem a bloqueio financeiro a terroristas

Várias mensagens enviadas pela Secretária de Estado, Hillary Clinton, e por diplomatas seniores revelam a preocupação do governo dos EUA com o financiamento de grupos terroristas por indivíduos e organizações nos países árabes. A notícia não chega a ser novidade, uma vez que o estrangulamento desse fluxo tornou-se parte da estratégia de combate ao terror a partir de 2001. As publicações do Wikileaks, entretanto, mostraram que autoridades dos países aliados resistem a coibir as transferências financeiras, o que as tornariam irresponsáveis ou coniventes aos olhos dos EUA. Segundo Clinton, doadores na Arábia Saudita e demais países financiam milhões de dólares para militantes na região, sendo o Qatar o mais leniente. O governo dos EUA teria criado uma força tarefa especial para tratar do problema em 2009, o que incluiria maior atuação da CIA e treinamento de investigadores árabes. Líderes locais, entretanto, não aprovam a maneira como os EUA acusam membros de seus governos e classificam algumas ações como abusivas. Os documentos também mostram que o corpo diplomático diverge quanto à eficácia do bloqueio. De acordo com Richard Holbrooke, ex-representante para o Afeganistão e o Paquistão, falecido recentemente em Washington, as medidas tomadas pelos EUA nos últimos anos reduziram a capacidade de financiamento da Al-Qaeda. Para outros diplomatas, esses grupos contornam as barreiras com ajuda de milionários, serviços da internet e arrecadação popular em eventos religiosos.

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