Ratificação do New START gera discordância no Senado
A Casa Branca iniciou nesta semana um esforço direcionado para avançar na ratificação do New START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) no Senado. Nas últimas semanas, a impressão deixada era de que os republicanos não permitiriam a aprovação do acordo durante o chamado “lame-duck”, período pós-eleitoral em que o novo Congresso ainda não tomou posse. A oposição ao acordo é liderada pelo senador Jon Kyl (R-AZ), atual “minority whip”, e apoiada também pela ala ultraconservadora do Tea Party. O New START foi assinado em abril de 2010 entre os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e dos EUA, Barack Obama. O acordo dá continuidade ao START de 1991, expirado desde dezembro de 2009, e, entre outros dispositivos, permite até 18 inspeções anuais entre os países e limita o número de ogivas em seus arsenais estratégicos a 1.550. Kyl e o senador Bob Coeker (R-TN), circularam um memorando argumentando que o número de inspeções não seria suficiente para garantir que a Rússia cumprisse o acordo, questionando o comprometimento da Casa Branca com a modernização do arsenal nuclear dos EUA, e acusando a liderança democrata de não permitir tempo suficiente para o debate do tema no Senado. O único senador republicano que apoia abertamente o New START é Richard Lugar (R-IN), mas já surgem indícios de que a iniciativa da Casa Branca possa ser bem sucedida. Nos últimos dias, os senadores John McCain (R-AZ) e George Voinovich (R-OH) se mostraram mais dispostos a votar a favor do tratado. Para conseguir a maioria de dois terços do Senado necessária para ratificação (67 votos), Obama precisará contar com 9 votos republicanos.