EUA enfraquecidos na COP16
A Conferência da ONU para Mudança Climática (COP16) começou em Cáncun no dia 29 de novembro com pouca expectativa pela definição de um acordo final sobre mudanças climáticas. Os EUA não enviaram oficiais graduados e o representante do país é Todd Stern, Enviado Especial para Mudança Climática. O plano é incentivar o uso de energias alternativas sem restringir fontes fósseis. Os EUA pleiteiam gerenciar um Fundo de Adaptação para países em desenvolvimento da ordem de US$ 100 bilhões, para o qual contribuiriam com cerca de 20%. Tal atitude é considerada incoerente por outros países, uma vez que especialistas creem que um mercado global de carbono seria o melhor meio de distribuir tais fundos e os EUA ainda não instituíram seu próprio sistema. O Congresso deveria aprovar a verba antes de 2015 para que o programa ajudasse a atingir o corte de 17% nas emissões mundiais até 2020. Para negociadores dos EUA, há chance de o país adotar uma legislação ambiental bem antes do final da década, mas a prática tem contrariado o discurso. O Protocolo de Kyoto foi assinado pelo presidente Bill Clinton em 1997, embora nunca ratificado. Políticas ambientais voltaram à agenda democrata na campanha de 2008 após 8 anos em segundo plano com George W. Bush. Apesar das promessas, Obama não foi capaz de passar a legislação. Em 2011, o Congresso com maioria republicana deverá vetar limites e comércio de quotas de emissão de carbono. A pequena margem de ação do governo em casa deixa os EUA enfraquecidos no fórum e um acordo mundial mais distante.