Democratas tentam ratificar New START em 2010
Desde as eleições de novembro, a Casa Branca tem pressionado o Senado para ratificar o Novo Tratado de Redução de Armamentos Estratégicos (New START) durante o período conhecido como “lame-duck”, ou seja, antes da mudança na composição da casa em 2011. O presidente Barack Obama garantira ao presidente russo, Dmitri Medvedev, que a ratificação do tratado em 2010 seria prioridade de sua política externa. Apesar das promessas da administração Obama para investimentos de $81.4 bilhões na modernização de arsenais nucleares remanescentes nos próximos anos e dos debates sobre a importância do tratado, muitos senadores, principalmente republicanos, preferem adiar a votação. John Kyl (R-AZ), principal republicano envolvido com o New START, declarou que a decisão não pode ser adiantada em função da complexidade do assunto. Mesmo assim, senadores democratas mostram-se otimistas em obter ao menos nove votos republicanos para garantir os dois terços necessários para a sua ratificação neste ano. Com a derrota eleitoral de novembro, os democratas precisariam do apoio de 14 republicanos na nova distribuição do Senado em 2011, e novas discussões com os recém-eleitos poderiam surgir. Como o tratado de redução de armas e monitoramento mútuo de arsenais é a política central do “recomeço” das relações entre EUA e Rússia, a sua rejeição debilitaria um relacionamento ainda frágil entre os dois países, bem como o apoio de Moscou às tropas no Afeganistão e às sanções ao Irã. A Duma, Parlamento russo, pretende votar o acordo simultaneamente ao Senado dos EUA.