Republicanos apoiam fim de destinações específicas no orçamento

Nesta semana, os republicanos de ambas as câmaras devem votar a proibição do uso de destinações específicas no Congresso. Conhecidas como “earmarks”, estas são verbas encaminhadas pelos legisladores para projetos em seus próprios estados ou distritos. Associados a negociações extraoficiais e ao excesso de gastos do governo, esses fundos específicos correspondem a apenas uma pequena fração do orçamento federal, estimada em 0,34% para o ano fiscal de 2010. O provável próximo porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), e o senador John McCain (R-AZ) fizeram campanha contra as destinações durante anos, mesmo enquanto elas proliferavam sob o domínio republicano no Congresso. A proposta ganhou apoio até mesmo do líder republicano no Senado, Mitch McConnell (R-KE), que costumava ser grande defensor de tais fundos destinados. A mudança de posição de McConnell demonstra a necessidade dos Republicanos de apresentarem respostas ao Tea Party. Além disso, existe a possibilidade de embate entre Obama, contrário às destinações, e eminentes senadores democratas que não demonstram interesse em banir a prática. Estes seriam os únicos que poderiam tentar mantê-las, já que controlam a manioria no Senado. Harry Reid (D-NV), líder democrata do Senado, afirmou que o apoio ou não ao recurso deve ser uma decisão individual dos legisladores. Os defensores das destinações, democratas e republicanos, afirmam que elas são um direito garantido pela Constituição e que bani-las concentraria ainda mais o poder decisório sobre a destinação de verbas nas mãos do Executivo.

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