EUA é principal alvo de críticas em reunião do G20

O desfecho da reunião de chefes de Estado do G20 indica mais uma derrota aparente da administração Obama. Realizado nos dias 11 e 12 de novembro em Seul, os Estados Unidos pretendiam ter a política cambial chinesa como o principal alvo de pressão do encontro. Ao invés disso, a China passou a ser uma das maiores críticas da política econômica dos EUA, acompanhada por Brasil e Alemanha. A decisão do Fed no início do mês de injetar US$ 600 bilhões na economia provocou tal mudança. O comunicado final da reunião fez uma referência indireta aos EUA, ao recomendar que países detentores de moedas de uso global sejam “vigilantes” contra excesso de volatilidade de capital. Uma proposta do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, de limitar o déficit e o superávit comerciais também foi abandonada depois de duras críticas. Os EUA propuseram na reunião a criação de um grupo formado por ministros do G20 em parceria com o FMI, responsável pela elaboração de diretrizes internacionais até o segundo semestre de 2011. Apesar de aprovada, com certa resistência chinesa, a proposta representa uma derrota em relação às ambições iniciais dos EUA para o equilíbrio das balanças comerciais. A chanceler alemã, Angela Merkel, ecoou as críticas internacionais, declarando que os EUA devem se tornar mais competitivos como exportadores, ao invés de proporem que países exportadores reduzam sua competitividade. Ao fim da reunião, Obama admitiu que os EUA, apesar de continuarem a ser a maior economia do planeta, não ditam mais os termos sobre “como o mundo faz negócios”.

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