Acordo de livre comércio com a Coreia do Sul fracassa novamente
As negociações para conclusão do acordo de livre comércio com a Coreia do Sul, iniciadas em 2007, fracassaram mais uma vez. O presidente Barack Obama pretendia retornar da viagem à Ásia com o acordo em mãos, pronto para ser enviado para ratificação do Congresso. O tratado faz parte do plano do presidente de promover a geração de empregos e dobrar as exportações do país em 5 anos, e seria o maior pacto comercial dos EUA desde o NAFTA. No entanto, há forte pressão tanto da Coreia quanto dos EUA em relação às cláusulas de comércio de automóveis e carne bovina. Fabricantes de automóveis dos EUA alegam que os regulamentos da Coreia do Sul sobre níveis de emissão de gases, segurança, impostos e seguros, serviriam como barreiras de acesso ao mercado; ao mesmo tempo, há grande resistência coreana quanto à importação de carne dos EUA, apontando como o principal motivo casos de doença da vaca louca no gado americano. Diante da falta de consenso entre as partes, e temendo ser acusado de fazer concessões excessivas, o presidente preferiu não assinar o acordo e adiou sua conclusão em “algumas semanas”. Em compensação, a administração anunciou na segunda-feira, 15, um acordo com Hong Kong para impulsionar o comércio entre os países denominado “Pacific Bridge Initiative”. Embora os dois já sejam grandes parceiros – os EUA são o segundo maior destino das exportações de Hong Kong e a quinta maior fonte de importações – o objetivo é promover a coordenação das estratégias comerciais dos países.