EUA e China discutem comércio de minerais raros

A Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, confirmou visita à China em 30 de outubro na viagem que precederá a ida do presidente Barack Obama à Ásia em novembro. Questões sobre exportações chinesas de minerais raros para o Japão, EUA e Europa alteraram o roteiro inicial, que não incluíra Pequim. Hillary Clinton deverá se reunir com autoridades governamentais para discutir a normalização das quotas, que vêm sendo reduzidas há cinco anos. Os embarques foram retomados pela alfândega chinesa em 28 de outubro, menos de dois dias depois do anúncio do Departamento de Estado dos EUA. Oficiais do Ministério do Comércio da China isentaram o governo de responsabilidade e atribuíram o corte das exportações para o Japão aos exportadores, em função de desgastes entre os dois países e do rigor das inspeções alfandegárias japonesas. A iniciativa de estender a paralisação para EUA e Europa teria sido uma resposta à decisão da administração Obama de investigar políticas energéticas chinesas na OMC. O fato não chegou a fechar fábricas no Japão, uma vez que a maioria delas possuía estoque de minerais raros, mas serviu para relembrar o país da sua vulnerabilidade quanto a recursos naturais. Em encontro recente em Honolulu, Hillary Clinton discutiu com o Ministro das Relações Exteriores do Japão, Seiji Maehara, sobre a dependência de ambos os países da China, que concentra quase 100% da produção mundial. A suspensão do embargo, contudo, não elimina o maior de todos os problemas enfrentados pelos importadores: concentração da produção mundial na China.

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